Por onde andei - Especial Trancoso (BA) - Dia 1

Antes de começar o meu diário por este pedacinho do paraíso que atende pelo nome de Trancoso, quero contar que uma das minhas resoluções para 2015 era realizar uma viagem sozinha. É sério, sempre imaginei que a experiência deveria ser maravilhosa, mas sempre me faltou a coragem. Como dizem que este é o ano da mudança, cá estou sozinha em Trancoso.

A escolha por esta cidadezinha aconchegante, de gente simples e de paisagens paradisíacas se fez por um sonho antigo de conhecer melhor o litoral sul da Bahia, que convenhamos, é lindíssimo. Assistindo ao "Chuva de Arroz" do GNT, vi um casamento aqui e isso despertou ainda mais o desejo de vir pra cá, como a decisão da viagem já estava tomada, não havia mais desculpas para o atraso desta.

O planejamento de uma viagem sozinha pode dar  um pouco mais de trabalho, mas deixarei um post exclusivo para isso no encerramento desta viagem, onde só falarei do hotel nele. Justo não é? afinal, este é o meu primeiro dia e ainda tenho 3 dias para o avaliar.

Dia 1 - Puts a maré encheu



Cheguei na pousada por volta das 11h. Tomei um banho beeeem gostoso (meu voo saiu de BH às 6h todo mundo que mora ou que simplesmente conhece Confins sabe que lá é o fim o mundo, então necessita acordar terrivelmente cedo para não perder o voo) e coloquei meu biquini novo, o óculos branco perua emprestado pela amiga e parti para praia (porque mineiro não pode nem mesmo esperar um pouco).

Fui me informar com a recepcionista da pousada como chegar à praia (isso é um ponto importante da viagem sozinha, faça amizade com o pessoal da pousada ou do hotel). Narjara, mais que eficiente, foi logo me dando as coordenadas dos lugares para almoçar na praia. Botei o óculos emprestado, dei um rabo de olho e falei mentalmente #partiupegarumacor.

Fui andando porque a minha vida sedentária ficou pra trás faz tempo. Atravessei todo o Quadrado (o centrinho histórico de Trancoso) não sabendo mais se parava ali mesmo ou se continuava em direção à praia. Respirei fundo, olhei meus braços cor de palmito e corri pra praia. No caminho, uma senhorinha muito solícita que disse para não descer sozinha porque, nas palavras delas, "a malandragem está cada dia pior". Por sorte, vinha descendo uma garota e a senhorinha já foi logo falando: "desçam vocês duas juntas", obedecemos. Quando comecei a conversar notei que a moça era gringa, infelizmente não sei escrever o nome dela, mesmo porque (vergonha) eu não consegui decorar. Uma simpática chilena que veio me contando sobre os lugares que já visitou no Brasil (conhece mais do que eu) e claro, falamos sobre futebol.



Chegando na praia, minha nova amiga chilena encontrou sua família no Uxua, um clube de praia charmoso como tantos outros que existem aqui e eu segui em direção ao vento contrário, porque eu estava procurando a Barraca do Jonas que fica na praia do Coqueiro e fui parar na Praia dos Nativos. Ok, a praia é linda.
A maré baixa proporciona umas piscinas de água quente que são deliciosas. O mar é um pouco agitado e tem três opções de barracas. A que escolhi foi o Fly Club, um dos badalados clubes de praia daqui de Trancoso.


Com espreguiçadeiras belíssimas e um som tocando um lounge de primeira, o clube é delicioso. O atendimento é sensacional e devo mencionar o atendimento especial do Lucas, que me conseguiu um suquinho esperto de melancia com gengibre (pra ativar esse metabolismo) mesmo não tendo no cardápio. O argentino também é muito solícito e simpático. O suco estava delicioso e para o almoço pedi um Ceviche Misto com camarão, peixe branco e salmão que estava de lamber o prato. Pedi uma saladinha de folhas verdes para acompanhar também.



Os clubes de praia costumam cobrar consumação mínima que é bem salgada. No caso do Fly, R$300. Eu estava sozinha e mais uma vez a presteza dos atendentes em me fazer um menor valor. Como tudo nessa vida, vale a negociação, o que não vale é perder um bom atendimento, uma vista linda, música de primeira e o conforto.

Quando resolvi voltar da praia pelo caminho que fiz cm minha amiga chilena, eis que a maré subiu e não tinha como passar. Pensei: Puts, a maré subiu! Eu já havia ensaiado levantar da espreguiçadeira há horas, mas a preguiça não deixou. Tive que buscar um caminho alternativo, mas era bem distante e havia necessidade de pegar um taxi ou uma van que me levasse até o Quadrado. Como Deus não abandona seus filhos após a fúria de Iemanjá, apareceu uma van  exatamente pra onde? Pro Quadrado. Todas as vans vão para a balsa para Arraial. Entrei na van do moço que me cobrou menos porque eu só ia até o Quadrado e cheguei. Iemanjá tentou me levar, mas escapei.

So pra encerrar com dica. Passando no Quadrado lá tem uma sorveteria artesanal que se chama Gelateria do Beco, tem sorvete de fruta que mais parecem smoothies deliciosos, super naturais. Vale experimentar. Hoje eu fui de Cupuaçu e estava divino, me lambuzei toda, mas assim que é bom.



Fim do meu primeiro dia e cá estou, deliciando este maravilhoso chá da tarde que a pousada oferece, na beira de sua maravilhosa piscina, enquanto conto minhas peripécias para vocês. Amanhã tem mais!



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Comentários

  1. Que delícia de dia amiga! Aproveite bastante e continue nos contando sobre a viagem! Bjos.

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