Por onde andei especial Trancoso

fevereiro 07, 2015

Por onde andei especial Trancoso - Dia 3

E aí, meus amigos em Beagá mandaram a chuva pra cá. Só que isso não me abalou, peguei uma cor mesmo assim, adeus Dorinha Palmito.

Dia 3 - Eu amo Capim Santo

Dormi mal essa madrugada, tive um sonho ruim e aí acordei e não consegui dormir mais. Levantei, tomei aquele banho, no café da manhã, tomei um iogurte caseiro mara aqui da pousada, resisti à tapioca de manhã e fui ler um pouco para esperar o tempo firmar. Não aguentando mais e pensando "não paguei para ficar presa na pousada", peguei minha bolsa inflacionada e parti sumo à praia.

Chegando à Praia dos Coqueiros que elegi como a minha favorita, resolvi que iria para o badalado Uxua Praia Bar. O bar é do luxuoso Uxua Casa Hotel e Spa, que dispõe de tanto luxo por um valor que chega ser indecoroso (dá um google no Booking e checa com seus próprios olhos). Chegando lá, nenhuma novidade, o bar cobra consumação mínima, mas também foi negociável e paguei apenas o que consumi.O espaço é bem charmoso, com chaise branca e almofadas para você se esbaldar e passar o dia todo. O atendimento deixa muitíssimo a desejar, tendo como base de comparação o atendimento no Fly Club e da Barraca do Jonas, o pessoal do Uxua deveria fazer um treinamento com o pessoal de uma destas. Pedi uma Stella que veio sem nenhum baldinho de gelo ou copo, larguei metade da cerveja, pois logo ficou intragável. O suco de melancia estava delicioso e o coco bem gelado e com bastante água. Para beliscar, pedi uns bolinhos de carne seca com queijo coalho que estavam muito gostosos no entanto, conforme iam esfriando, era possível sentir aquele gosto de óleo reaproveitado. Não atrapalhou o sabor enquanto estavam quentes.

Passado um tempo dos meus petiscos, voltei para a pousada para um banho e para descansar um pouco antes do tão aguardado jantar no restaurante da Pousada Capim Santo que leve o mesmo nome. O restaurante trabalha com reserva e mais uma vez o pessoal da minha pousada muito gentilmente reservou uma mesa para mim. O restaurante fica no Quadrado, como tudo noturno em Trancoso, e sempre vou à pé no entanto, estava chovendo e precisei do serviço de taxi. Os taxistas aqui cobram R$20,00 a corrida, não há taximêtro o que pode onerar bastante sua vinda para cá. A dica é fechar um pacote com algum taxista (no último post falarei melhor sobre isso). Finalmente cheguei ao Capim Santo, um lugar de decoração belíssima, atendimento requintado e cardápio muitíssimo interessante.

Na chegada, você é recepcionado com um shot não alcoólico que funciona como aperitivo e mistura Capim Santo e outras coisinhas que é delicioso. A casa também oferece como cortesia água saborizada que é um mimo e uma delícia. Já que estava ali, experimentei um drink de sua carta com misturas inusitadas e me deparei com um dos melhores drinks que já bebi em todo a vida. Abacaxi + limão + capim santo + vodka proporcionaram um drink refrescante e de sabor muito interessante, amei. O barman vem trazê-lo para você, no meu caso, ele veio pedindo desculpas pois disse que de longe achou que eu estava acompanhada e então fez um pouco mais forte o drink. Pediu que eu experimentasse para verificar se havia necessidade de trocá-lo. Achei muito atencioso.

Eu sou dessas pessoas que acham que só pelo fato de estarem na praia têm que comer peixe sempre e sendo assim, não iria perder a tradição. Pedi um Filet de Badejo com cebola roxa caramelizada e purê de aipim (como eles chamam a mandioca aqui), acompanhava o prato: arroz, que você pode optar pelo integral ou branco, e uma farofinha de castanhas que parecia conter amendoim também. O prato estava delicioso. Há muito tempo não comia algo tão gostoso com um tempero tão leve. Decorando o prato havia um molhinho de ervas que estava divino, quase pedi um extra. O prato é um pouco caro assim como o drink, mas vale economizar em outras coisas para poder saborear o delicioso cardápio do Capim Santo. Para fechar, pedi um café expresso que veio acompanhado de um brigadeiro de Capim Santo numa colherzinha de pau que eu achei a coisa mais simples e requintada. O brigadeiro estava divino, de lamber a colher.